A hora de fazer um financiamento, seja para a casa própria ou outro sonho, traz muitas dúvidas. Você já deve ter ouvido falar em “Tabela Price” e “Tabela SAC”. Esses são os dois jeitos mais comuns que os bancos usam para calcular as parcelas do seu financiamento.
Pode parecer difícil, mas estamos aqui para explicar de um jeito simples. Entender como cada uma funciona é o primeiro passo para você escolher o melhor caminho para o seu bolso e fazer um negócio com tranquilidade e segurança.
Vamos lá?
Antes de tudo, precisamos entender uma palavra-chave: amortização.
Quando você pega um dinheiro emprestado, o valor total que você deve é o “saldo devedor”. Amortizar é simplesmente pagar um pedaço desse saldo devedor.
Pense assim: a sua parcela do mês é dividida em duas partes:
A amortização é muito importante, pois é ela que faz a sua dívida diminuir de verdade até acabar.
SAC quer dizer “Sistema de Amortização Constante”.
Nesse sistema, o valor da amortização é o mesmo em todas as parcelas, do começo ao fim. O que muda todo mês é o valor dos juros.
Como a cada mês você deve um pouco menos, os juros do mês seguinte são calculados sobre um valor menor. Por isso, os juros vão diminuindo.
Na Tabela SAC, a primeira parcela é a mais cara de todas. Depois, as parcelas vão diminuindo, mês a mês, até a última, que é a mais barata.
A Tabela Price, que também é chamada de “Sistema Francês”, funciona de um jeito diferente. Aqui, o que fica “constante” é o valor total da parcela.
Isso mesmo: você paga exatamente o mesmo valor, da primeira até a última parcela do seu financiamento. O que muda é o que tem dentro da parcela:
Esse sistema é muito procurado por quem gosta de previsibilidade, ou seja, de saber exatamente quanto vai sair do bolso todo mês, sem surpresas.
| Característica | Tabela Price | Tabela SAC |
| Valor da parcela | É igual todos os meses, do começo ao fim. | Começa mais alta e vai diminuindo a cada mês. |
| Valor dos juros | Começa alto (maior parte da parcela) e vai diminuindo. | Começa alto e diminui mais rápido a cada mês. |
| Valor da amortização (o que diminui a dívida) | Começa baixo e vai aumentando a cada mês. | É igual (constante) em todas as parcelas. |
| Saldo devedor (total da dívida) | Diminui mais devagar no começo. | Diminui mais rápido desde o início. |
| Total de juros Pagos (no final do contrato) | No total, você paga mais juros. | No total, você paga menos juros. |
| Parcela inicial | É mais baixa que a primeira parcela da SAC. | É a parcela mais alta de todo o financiamento. |
| Principal vantagem | Previsibilidade: você sabe exatamente quanto vai pagar. | Economia: o total pago no final é menor. |
A tabela SAC tem vantagens que precisamos destacar:
A Tabela Price também tem seus pontos fortes, e é por isso que ela é tão usada:
Aqui no Banco Mercantil, nós acreditamos que a melhor opção é aquela que se encaixa na sua vida hoje e nos seus planos para o futuro. Não existe uma resposta certa que sirva para todo mundo.
Escolha a tabela SAC se:
Escolha a tabela Price se:
Na hora de conversar com o gerente e analisar seu contrato de financiamento, queremos que você se sinta seguro. Pense nestes três pontos:
A taxa de juros do seu contrato é muito importante. Às vezes, o seu saldo devedor também é corrigido por um índice de inflação (como a TR ou o IPCA). Nesses casos, a Tabela SAC leva uma vantagem: como a sua dívida principal diminui mais rápido, o impacto dessa correção de juros é sentido com menos força ao longo do tempo.
Separamos algumas dúvidas comuns sobre financiamento imobiliário e outras dívidas.
Não é bem assim. O que acontece é que, no começo, você paga juros sobre uma dívida que ainda está grande. Como a dívida (amortização) diminui bem devagarinho no início, os juros demoram mais para baixar também.
Na verdade, os dois sistemas quitam a dívida no mesmo prazo que você combinou (por exemplo, 360 meses). A diferença é que na SAC, o valor principal da dívida diminui mais rápido.
Mudar o sistema de amortização depois que o contrato está assinado é muito difícil e raro. Os bancos geralmente não permitem essa troca. Por isso, a escolha que você faz no começo é tão importante.
Você pode (e deve, se puder!) fazer isso nos dois sistemas. Se você receber um dinheiro extra, como o 13º salário ou FGTS (no caso de imóveis), você pode usá-lo para amortizar a dívida. Ao fazer isso, você geralmente pode escolher entre diminuir o valor da parcela ou diminuir o tempo que falta para pagar. Isso é sempre um excelente negócio!
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