Imagine que você precisa contratar um profissional para um serviço pontual, como um eletricista para uma instalação complexa ou um designer gráfico para criar a identidade visual do seu negócio. Como formalizar esse pagamento sem que o prestador possua um CNPJ?
É nesse contexto que entra o Recibo de Pagamento Autônomo (RPA), um documento essencial para regularizar pagamentos a profissionais autônomos sem empresa aberta.
Neste artigo, vamos explicar o que é o RPA, como emiti-lo, suas vantagens e situações em que não vale a pena utilizá-lo.
O Recibo de Pagamento Autônomo (RPA) é um documento utilizado para formalizar pagamentos a trabalhadores autônomos que prestam serviços sem possuir CNPJ. Ele permite que o contratante recolha os impostos obrigatórios em nome do prestador, garantindo conformidade fiscal e previdenciária.
Quem deve emitir o RPA?
Embora ambos sirvam para formalizar pagamentos por serviços prestados, existem diferenças importantes entre RPA e nota fiscal:
Característica | RPA | Nota Fiscal |
Quem emite | Contratante | Prestador de serviço com CNPJ |
Tributação | Retenções de INSS, IRRF e ISS | Pode ter ISS embutido no preço |
Necessidade de CNPJ | Não | Sim |
Uso principal | Autônomos sem empresa | Empresas e MEIs |
Se o profissional possuir um CNPJ, a emissão da nota fiscal é mais vantajosa, pois permite melhor planejamento tributário.
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A emissão do RPA é um processo simples. O contratante deve calcular os impostos e emitir um documento contendo:
Atualmente, algumas plataformas online facilitam a emissão do RPA automaticamente, garantindo cálculos precisos.
Para emitir um RPA, o contratante precisa das seguintes informações:
Ao emitir um RPA, é necessário recolher tributos como:
O Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) é calculado com base na tabela progressiva da Receita Federal.
A contribuição para a Previdência Social é obrigatória e varia conforme o valor do serviço prestado.
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O Imposto sobre Serviços (ISS) é municipal e pode variar de acordo com a localização e a atividade prestada.
Em algumas situações, outros tributos podem incidir, dependendo da natureza do serviço.
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Para calcular o RPA, siga os passos:
Exemplo:
Lembre-se que essa é uma conta simplificada. O cálculo do IRRF, por exemplo, é mais complexo, pois depende da tabela progressiva do Imposto de Renda e das deduções permitidas.
Quais as vantagens?
O RPA organiza as finanças do autônomo, garantindo recolhimento de tributos e comprovação de renda.
O contratante é responsável pelo recolhimento do INSS e demais tributos obrigatórios.
Sempre que um autônomo sem CNPJ prestar serviço a uma pessoa ou empresa.
Não. O RPA é necessário apenas quando não há outra forma legal de documentar o pagamento.
Sim, algumas prefeituras e plataformas online oferecem serviços de emissão gratuita de RPA.
Não há necessidade de registro formal, mas os impostos devem ser corretamente recolhidos.
Seguindo essas orientações, você garante que os pagamentos a autônomos sejam realizados de forma correta e segura.
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