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    A previdência privada é uma opção cada vez mais comum. Com a Reforma da Previdência e as mudanças trazidas pelo Congresso Nacional, muitas pessoas estão preocupadas em planejar sua aposentadoria para obter recursos maiores através dos investimentos. 

    Neste guia completo, vamos esclarecer todos os pontos sobre a previdência privada, ajudando você a fazer a melhor escolha a longo prazo.

    O que é e como funciona a previdência privada?

    A previdência privada é um tipo de investimento de longo prazo disponível para pessoas físicas. Seu objetivo é complementar a previdência pública oferecida pelo governo, sem nenhuma ligação com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

    Ela funciona com aportes periódicos feitos pelo próprio investidor, aplicados em investimentos de baixo risco, como títulos de renda fixa. É possível escolher o valor e a periodicidade das contribuições, e o valor investido pode ser resgatado antes do prazo estabelecido, caso deseje.

    Quem fiscaliza a previdência privada é a Superintendência de Seguros Privados (Susep).

    Diferentemente da previdência pública, a privada não se destina exclusivamente à aposentadoria. Você pode usá-la com outros objetivos.

    Descubra mais: qual é a diferença entre previdência privada e social!

    Quais são os tipos de previdência privada?

    Existem dois tipos de previdência privada: a previdência aberta e a fechada. Descubra como cada uma funciona e qual delas é melhor para você.

    Previdência aberta

    A previdência aberta é o tipo de plano previdenciário disponível para qualquer pessoa. É possível investir em um plano de previdência aberta por meio de qualquer instituição financeira, como bancos, corretoras de investimentos e gestoras independentes de fundos de previdência.

    Previdência fechada

    Já a previdência fechada, também conhecida como fundo de pensão, é oferecida exclusivamente por algumas empresas e entidades de classe para seus funcionários e associados. Ela segue as regras da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e é destinada a públicos específicos.

    Qual é o valor mínimo para investir?

    O valor mínimo para investir em previdência privada pode variar bastante dependendo da instituição financeira e do plano específico. Geralmente, as seguradoras e bancos oferecem planos com valores mínimos que podem variar de R$ 50 a R$ 500.

    Verifique as condições específicas de cada plano e adapte os seus aportes de acordo com o seu perfil de investidor. Muitos planos permitem que você aumente ou diminua o valor das contribuições ao longo do tempo, dando flexibilidade no investimento.

    Leia também: qual é a melhor idade para começar a investir na previdência privada?

    Como escolher o tipo de tributação?

    A tributação da previdência privada é um fator importante a ser considerado na hora de escolher o plano mais adequado. Existem duas tabelas de tributação: a regressiva e a progressiva. Saiba qual delas é ideal para você.

    Tabela regressiva

    A tabela regressiva é baseada no tempo de permanência do dinheiro investido. Quanto mais tempo o investimento ficar aplicado, menor será a alíquota de imposto de renda a ser paga. Por isso, é ideal para quem pretende manter o investimento por um longo período.

    A alíquota inicia em 35% para investimentos resgatados em até 2 anos e reduz gradativamente até 10% para resgates feitos após 10 anos ou mais.

    Tabela progressiva

    Já a tabela progressiva é baseada no montante anual investido e possui alíquotas que aumentam de acordo com o valor investido. A alíquota começa em 0% para investimentos de até R$ 22.847,76 e chega a 27,5% para investimentos acima de R$ 55.976,16.

    Este modelo é mais indicado para quem não tem certeza sobre o prazo do investimento ou prevê que a renda total durante o resgate será baixa, o que pode resultar em uma tributação menor ou até isenção.

    Quais as vantagens da previdência privada?

    A previdência privada oferece diversos benefícios. O principal deles é funcionar como fonte adicional de renda durante a aposentadoria, complementando o valor recebido da previdência social.

    Além disso, dependendo do regime de tributação escolhido (progressivo ou regressivo), é possível obter vantagens fiscais. Um exemplo é a dedução de até 12% da renda bruta anual no IR, se optar pelo regime de tributação regressivo.

    Você também pode escolher o valor e a periodicidade das contribuições, bem como o tipo de fundo de investimento que melhor se adapta ao seu perfil (mais conservador ou mais arrojado).

    Outro benefício da previdência privada é que o saldo acumulado pode ser transferido diretamente para os beneficiários sem passar por inventário, facilitando a sucessão patrimonial.

    Quais as desvantagens?

    Apesar de todos os benefícios, a previdência privada também possui desvantagens.

    Taxas de administração e carregamento

    Muitos planos de previdência privada cobram taxas de administração e de carregamento que podem reduzir a rentabilidade do investimento ao longo do tempo.

    Baixa liquidez

    Os recursos investidos geralmente têm baixa liquidez, ou seja, podem ter restrições de resgate antes do prazo estipulado, e, quando permitido, pode haver incidência de taxas ou impostos elevados.

    Dependência de performance

    A rentabilidade do plano de previdência privada depende do desempenho dos fundos de investimento escolhidos, que podem ser afetados por oscilações de mercado.

    Risco de longo prazo

    Como é um investimento de longo prazo, as incertezas econômicas podem impactar negativamente a performance do plano ao longo dos anos.

    Composição da carteira de investimentos

    A composição da carteira de investimentos dos fundos de previdência privada varia de acordo com o plano e a instituição financeira. Geralmente, o mais indicado é investir em ativos de renda fixa, como títulos públicos e privados, mas também podem incluir ações e multimercados.

    • Os fundos de renda fixa são indicados para quem busca menor risco financeiro;
    • Os fundos balanceados e multimercados buscam um equilíbrio entre ganhos e segurança;
    • Os fundos de ações são mais arriscados, mas também podem oferecer retornos superiores.

    Como escolher o melhor plano de previdência privada?

    Para escolher o melhor plano de previdência privada, é importante considerar alguns aspectos:

    1. Avalie as taxas cobradas, como a taxa de administração e a taxa de carregamento.
    2. Analise se a tabela regressiva ou progressiva é mais vantajosa para o seu perfil.
    3. Pesquise sobre a reputação da instituição financeira e seu histórico de rentabilidade.
    4. Considere também suas necessidades e objetivos financeiros, buscando um plano que se adeque ao seu perfil de investidor e às suas expectativas para a aposentadoria.

    Gostou do guia? Continue a leitura: como funciona a previdência complementar do servidor público?

    Redação Mercantil 229 artigos publicados

    Com mais de 250 agências, 7 milhões de clientes e 80 anos de mercado, o Banco Mercantil é o primeiro do Brasil a se inspirar na experiência do público 50+ para desenvolver soluções especialmente voltadas para a juventude prateada. A Redação do banco está sempre em busca de simplificar esse universo, com dicas de investimento, economia, planejamento financeiro e estilo de vida personalizadas para você.

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