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    Se você é um trabalhador que contribui para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para se aposentar, provavelmente já ouviu falar da Guia da Previdência Social (GPS). 

    Neste artigo, vamos explicar de forma simples o que é a GPS, como calcular, preencher e até como pagar guias em atraso para que você se aposente com tranquilidade. 

    O que é a Guia da Previdência Social (GPS)?

    A Guia da Previdência Social, ou simplesmente GPS, é o documento utilizado para recolher as contribuições ao INSS. São essas contribuições que garantem a aposentadoria e outros benefícios, como pensão por morte, auxílio-doença e salário-maternidade.

    Quem deve utilizar?

    A GPS é utilizada por:

    • Trabalhadores autônomos;
    • Contribuintes individuais;
    • Empresários;
    • Empregados domésticos;
    • Segurados facultativos;
    • Empresas que recolhem a contribuição de seus empregados. 

    Como emitir a guia GPS?

    Acesse o portal “Meu INSS”

    Entre no site oficial Meu INSS e faça login com sua conta do Gov.br. 

    Localize a opção de emissão de GPS

    No menu principal, escolha a opção “Emitir Guia de Pagamento (GPS)” ou utilize a barra de pesquisa para encontrar a opção. O sistema redirecionará para o Sistema de Acréscimos Legais (SAL), gerido pela Receita Federal.

    Preencha as informações

    No SAL, insira seus dados, como o número de identificação (NIT/PIS/PASEP), a competência (mês/ano de referência), e o valor do salário de contribuição.

    Escolha o código de pagamento adequado, conforme sua categoria de contribuinte (individual, facultativo, etc.).

    Calcule e gere a GPS

    Após preencher as informações, clique em “Calcular” e, em seguida, “Gerar GPS”. A GPS será gerada com um código de barras para o pagamento.

    Como preencher o carnê do INSS?

    É possível preencher a GPS manualmente ou pela internet, através do site da Receita Federal ou do aplicativo Meu INSS. Confira o passo a passo:

    1. Nome ou Razão Social: coloque seu nome completo ou o nome da sua empresa.
    2. Código de pagamento: esse código varia conforme o tipo de contribuinte. Alguns dos códigos mais comuns são:
      • 1007: Contribuinte individual que recolhe 20%.
      • 1163: Contribuinte individual que recolhe 11%.
      • 1910: MEI (Microempreendedor Individual).
    3. Mês de competência: indique o mês e ano a que se refere a contribuição (exemplo: 10/2024).
    4. Valor do INSS: coloque o valor da contribuição, conforme o cálculo que você fez.
    5. Juros e multa: caso haja atraso no pagamento, os juros e multas devem ser calculados e incluídos neste campo.
    6. Total: o valor final da contribuição, somando o INSS, juros e multa, se houver.

    É importante guardar o comprovante de pagamento da GPS como prova de contribuição.

    Como calcular o valor da contribuição?

    Para calcular o valor da sua GPS, basta multiplicar a sua renda pelo percentual da alíquota aplicável ao seu caso. A porcentagem da contribuição varia de acordo com o tipo de contribuinte. Aqui estão os valores para os principais tipos:

    Contribuinte individual e facultativo 

    A alíquota pode variar entre 5%, 11% ou 20% sobre o valor que você declara como renda.

    • 5%: para quem está no programa MEI (Microempreendedor Individual) ou como contribuinte facultativo de baixa renda.
    • 11%: para quem deseja contribuir sobre o salário-mínimo.
    • 20%: para quem deseja contribuir sobre um valor entre o salário-mínimo e o teto do INSS (atualmente R$ 7.786,02).

    Leia também: qual é a diferença entre contribuinte individual e facultativo?

    Empregadores domésticos

    Devem recolher 8% sobre o salário do empregado doméstico.

    Empresas

    As alíquotas variam, dependendo da folha de pagamento e das atividades exercidas pela empresa.

    Como pagar guias em atraso?

    Se, por algum motivo, você deixou de pagar alguma contribuição, é possível regularizar a situação pagando as guias em atraso. O processo envolve o cálculo de multas e juros, que aumentam o valor devido.

    Aqui estão os passos para pagar a GPS em atraso:

    1. Acessar o site ou aplicativo Meu INSS: o sistema calcula automaticamente os valores em atraso com os acréscimos devidos.
    2. Gerar a GPS: após fazer o cálculo, você pode gerar a guia para pagamento diretamente no sistema.
    3. Efetuar o pagamento: a guia pode ser paga nos bancos autorizados ou por meios digitais, como aplicativos bancários.

    É importante lembrar que, se o atraso for superior a cinco anos, em alguns casos, pode ser necessário comprovar a atividade profissional ou o vínculo empregatício para que o INSS aceite a regularização das contribuições.

    Onde pagar a GPS?

    Você pode pagar a GPS de várias maneiras:

    • Bancos autorizados: basta levar o documento à agência.
    • Aplicativos bancários: muitos bancos oferecem a opção de pagamento online.
    • Lotéricas: para valores mais baixos, como o do MEI, é possível pagar nas casas lotéricas.

    Se você ainda tiver dúvidas ou precisar de mais informações, não deixe de acessar o site oficial do Meu INSS ou consultar a Receita Federal.

    Aproveite e leia também: como pagar o INSS sendo autônomo?

    Confira algumas dúvidas comuns sobre a GPS

    O que acontece se eu atrasar o pagamento da GPS?

    O atraso no pagamento da GPS gera juros e multas. É importante regularizar a situação o mais rápido possível para evitar maiores encargos.

    Como emitir a GPS para um empregado doméstico?

    O empregador doméstico deve emitir a GPS com base no salário do empregado e recolher a contribuição de 8% sobre esse valor.

    Posso emitir a GPS pelo celular?

    Sim, é possível emitir a GPS pelo aplicativo Meu INSS, disponível para smartphones e tablets.

    Como consultar o histórico de pagamentos da GPS?

    O histórico de pagamentos da GPS pode ser consultado através do site ou aplicativo Meu INSS.

    Redação Mercantil 136 artigos publicados

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