A carreira dos juízes brasileiros tem características que a distinguem de outros cargos públicos.
Uma das mais significativas é a vitaliciedade, garantia constitucional que assegura ao juiz a permanência no cargo até a aposentadoria compulsória por idade ou a perda da função por meio de sentença judicial transitada em julgado.
Quer saber mais sobre esse assunto? Leia nosso texto de hoje!
A vitaliciedade garante a independência do Poder Judiciário, protegendo os magistrados de pressões externas que possam influenciar suas decisões.
Diferentemente da estabilidade comum aos servidores públicos, adquirida após três anos de efetivo exercício, a vitaliciedade é concedida aos juízes após dois anos de exercício da função.
A principal consequência disso é que um juiz não pode ser simplesmente demitido por decisão administrativa. Mesmo em casos de má conduta, o afastamento definitivo do cargo só pode ocorrer após um processo judicial.
Vitaliciedade | Estabilidade |
Concedida após 2 anos de exercício da magistratura. | Adquirida após 3 anos de efetivo exercício e aprovação em estágio probatório. |
Exige sentença judicial transitada em julgado para perda do cargo. | Permite demissão por processo administrativo disciplinar. |
Entenda também: como funciona a aposentadoria compulsória de servidor público?
A aposentadoria compulsória pode ser aplicada:
Antes de um juiz receber a aposentadoria compulsória, a Lei Orgânica da Magistratura Nacional (LOMAN) estabelece um conjunto de penalidades que podem ser aplicadas em caso de infrações disciplinares.
Essas sanções variam em gravidade e impacto na carreira do magistrado. Elas costumam ser aplicadas da seguinte forma:
É a penalidade mais leve, aplicada em casos de infrações consideradas de menor gravidade. Consiste em uma repreensão formal ao magistrado, geralmente feita de forma reservada.
É uma penalidade um pouco mais severa que a advertência. É aplicada em casos de reincidência em faltas puníveis com advertência ou em situações que demandem uma reprimenda mais contundente.
O magistrado é obrigado a deixar a comarca ou seção judiciária onde atua, sendo transferido para outra localidade. É uma medida que visa afastar o juiz de um ambiente onde sua atuação tenha se tornado problemática.
É uma situação em que o magistrado é afastado de suas funções, mantendo parte de seus vencimentos proporcionais ao tempo de serviço.
Diferentemente da aposentadoria compulsória, a disponibilidade permite que o juiz retorne à ativa após um período, mediante reavaliação.
É considerada a penalidade mais grave aplicável administrativamente a um juiz vitalício. Nesse caso, o magistrado é afastado definitivamente de suas funções, mantendo vencimentos proporcionais ao tempo de serviço.
Pode ser aplicada a juízes não vitalícios, ou seja, aqueles que não completaram dois anos de exercício na magistratura. Para juízes vitalícios, a perda do cargo só pode ocorrer por sentença judicial transitada em julgado.
Quando um juiz é afastado na aposentadoria compulsória, ele:
As principais críticas à aposentadoria compulsória como penalidade incluem:
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