Inflação é uma palavra que faz parte do dia a dia dos brasileiros. Afinal, todos nós ficamos de olho quando os preços estão subindo ou ficando mais baratos.
Mas você sabe exatamente o que é inflação? Neste artigo, vamos falar sobre como ela é definida, como os governos tentam controlá-la e muito mais.
Boa leitura!
A inflação é definida como o aumento generalizado dos preços de produtos e serviços ao longo do tempo, afetando diretamente o poder de compra dos consumidores.
No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é utilizado para medir a inflação. Esse índice reflete a variação de preços de itens como a alimentação, vestuário, transporte, saúde, educação, entre outros.
A inflação é calculada por meio de índices de preços, que são ferramentas estatísticas utilizadas para acompanhar as flutuações nos preços de uma cesta de produtos e serviços consumidos pela população.
Esses índices consideram:
O IBGE realiza um levantamento mensal de preços em diversas áreas do país. Os dados são comparados com os do mês anterior para calcular a variação geral de preços, que será refletida no IPCA.
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Conheça abaixo os quatro principais tipos de inflação: inflação de demanda, inflação de custos, inflação inercial e hiperinflação. Cada uma possui causas específicas, que podem interagir de maneira complexa. Saiba mais abaixo!
A inflação de demanda ocorre quando a procura agregada por bens e serviços supera a oferta agregada. Isso pode acontecer por diversos motivos, como:
Esses fatores aumentam a quantidade de dinheiro disponível para consumo sem que ocorra um crescimento na produção, levando a um aumento dos preços.
Também conhecida como inflação de oferta, a inflação de custos é causada pelo aumento dos custos de produção, que podem incluir os salários, preços dos insumos, gastos com energia, impactos climáticos, e tecnologia deficiente.
Esses aumentos de custos são frequentemente repassados ao consumidor na forma de preços mais altos. Por exemplo, o aumento dos preços do petróleo afeta não apenas as indústrias, mas também os custos de transporte e combustível.
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A inflação inercial ocorre quando as expectativas de inflação futura geram aumentos contínuos de preços.
Isso pode acontecer mesmo na ausência de pressões de demanda ou aumento de custos, simplesmente porque os consumidores e os produtores esperam que a inflação continue e ajustam seus preços e salários para cima.
A hiperinflação é um caso extremo de inflação incontrolável, onde os preços sobem de forma explosiva e o valor da moeda rapidamente se deteriora, causando sérios problemas econômicos e sociais.
Em 2023, a inflação acumulada foi de 4,62%. Ela foi calculada com a média do índice ao longo dos meses.
Para 2024, a meta do Banco Central é que a inflação acumulada fique em torno de 3%. Na tabela abaixo, você confere como está o índice até o mês de maio:
Mês | Inflação acumulada |
Janeiro | 4,51% |
Fevereiro | 4,50% |
Março | 3,93% |
Abril | 3,69% |
Maio | Prévia de 3,70% |
Na imagem abaixo, você confere a inflação observada até 2023 e as projeções do Banco Central para 2024, 2025 e 2026:
Fonte: Relatório de Inflação do Banco Central do Brasil
O Banco Central do Brasil adota uma série de políticas monetárias para manter a inflação sob controle, centradas principalmente no ajuste da taxa básica de juros, a Taxa Selic.
Essas estratégias são fundamentais para o Banco Central manter a inflação sob controle e garantir a estabilidade econômica no Brasil.
Desde 1999, o Brasil segue o regime de metas de inflação que foi definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e implementado pelo Banco Central. Este sistema estabelece uma meta clara e quantificável para a inflação, e inclui uma margem de tolerância para absorver choques sem grandes distúrbios.
Ao definir a inflação futura esperada, o regime de metas serve como uma âncora para as expectativas dos agentes econômicos, contribuindo para a estabilidade e previsibilidade do mercado. Isso facilita o planejamento de longo prazo de empresas e consumidores.
A inflação tem múltiplos impactos na economia e na vida financeira dos indivíduos. Um dos principais efeitos é a perda do poder de compra, pois quando os preços aumentam, uma mesma quantidade de dinheiro compra menos produtos e serviços.
Isso é particularmente prejudicial para as pessoas com rendimentos fixos ou que crescem a uma taxa inferior à inflação. Além disso, ela influencia diretamente as taxas de juros, sendo um fator determinante para as políticas econômicas do governo.
A inflação também afeta o rendimento real dos investimentos. Por exemplo, se um tipo de investimento rende 10% ao ano e a inflação no período foi de 11%, o poder de compra do valor investido diminuiu, resultando em uma rentabilidade real negativa.
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