Você já se viu naquela situação em que não consegue pagar toda a fatura do seu cartão de crédito antes do vencimento? Se sim, você foi apresentado ao chamado “crédito rotativo”, conhecido pelas taxas de juros mais altas do mercado.
Nesse caso, o valor da fatura que ficou sem pagar é automaticamente transferido para o crédito rotativo, ficando sujeito a altas taxas de juros. O funcionamento é parecido com os empréstimos de curto prazo
No entanto, essa “facilidade” acaba se transformando em um grande problema, devido aos juros exorbitantes cobrados ao longo do tempo.
O artigo de hoje irá explicar com mais detalhes sobre o crédito rotativo. Continue a leitura para entender como funciona, as novas regras do BACEN e opções mais vantajosas para você quitar seus débitos.
O funcionamento do crédito rotativo pode ser resumido da seguinte forma:
É importante ressaltar que as regras e condições do crédito rotativo são estabelecidas pelas próprias operadoras de cartão de crédito, que definem os juros, o limite de utilização e as demais condições dessa modalidade.
Em abril de 2017, o Banco Central do Brasil (BACEN) implementou uma série de novas regras para o crédito rotativo. O objetivo principal foi reduzir os altos juros cobrados nessa modalidade e evitar o superendividamento dos consumidores.
As principais mudanças foram:
Parcelar o saldo devedor é uma opção mais viável, pois geralmente oferece taxas de juros mais baixas. Essa alternativa permite quitar a dívida gradualmente, sem criar uma onda de superendividamento.
Por outro lado, pagar o valor mínimo da fatura pode ser uma solução temporária para evitar a inadimplência. Mas com cuidado, pois os altos juros do crédito rotativo facilitam que a sua dívida fique ainda maior ao longo do tempo.
Dois conceitos importantes relacionados ao crédito rotativo são o “valor mínimo da fatura” e o “saldo rotativo”. É importante entendê-los para definir o melhor passo a ser tomado para evitar o acúmulo da dívida.
O valor mínimo da fatura é o valor mínimo que o titular do cartão de crédito deve pagar para evitar a entrada em atraso e, consequentemente, o acionamento do crédito rotativo.
Esse valor é definido pela instituição financeira emissora do cartão.
O saldo rotativo é a diferença entre o valor total da fatura e o valor efetivamente pago pelo cliente. Esse saldo é o que fica sujeito à incidência dos juros do crédito rotativo.
Leia também: Vale a pena pegar empréstimo para quitar dívidas?
Cartões de crédito com juros mais baixos
Apesar da alta dos juros no crédito rotativo, existem algumas opções de cartão de crédito que oferecem taxas mais atrativas nessa modalidade. Entre elas, o cartão consignado se destaca.
Esse tipo de cartão permite que uma parte da fatura seja descontada diretamente do salário ou benefício previdenciário do titular, dentro de um limite estabelecido (Reserva de Margem Consignável – RMC).
Por ser oferecido para aposentados e pensionistas do INSS, geralmente possui taxas de juros mais baixas no crédito rotativo. Essa é uma ótima opção a ser considerada para quem busca segurança financeira.
Para evitar os problemas causados pelo crédito rotativo, é essencial aprender a utilizar o cartão de crédito de forma consciente e responsável.
Algumas dicas importantes são:
Também é importante ter uma reserva financeira para imprevistos e, sempre que possível, negociar suas dívidas diretamente com a empresa.
Seguindo essas orientações, você poderá usufruir das vantagens do cartão de crédito sem se envolver com o crédito rotativo e suas consequências negativas.
Banco Mercantil do Brasil S.A. 17.184.037/0001-10
Av. do Contorno, 5.800. Andares 11º, 12º, 13º, 14º e 15º. Savassi - Belo Horizonte - MG 30.110-042