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    O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é um direito trabalhista assegurado à todas as pessoas contratadas pelo regime da CLT. Quando uma empresa atrasa o depósito, isso é considerado uma prática ilegal e pode acarretar consequências jurídicas. 

    Neste artigo, discutiremos sobre os limites e as implicações do atraso no recolhimento do FGTS por parte das empresas, destacando as penalidades legais e os direitos dos trabalhadores. Boa leitura!

    É obrigatório o depósito mensal do FGTS?

    Sim! O depósito mensal do FGTS é obrigatório para todos as empresas e empregadores no Brasil. O valor deve equivaler a 8% do salário bruto do trabalhador e precisa ser feito até o dia 20 de cada mês.

    A empresa pode atrasar o pagamento por quanto tempo?

    A empresa não pode atrasar regularmente o pagamento do FGTS! O prazo para a realização do depósito é até o dia 20 do mês seguinte ao mês trabalhado.

    Caso a empresa atrase esporadicamente os depósitos, é importante que ela regularize a situação o mais rápido possível para evitar acúmulo de penalidades. Se o atraso persistir, os trabalhadores podem buscar orientação junto ao Ministério Público do Trabalho.

    Entenda mais sobre a nova lei de pagamento do FGTS!

    O que acontece se a empresa não depositar o FGTS?

    Se a empresa não depositar corretamente o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), ela estará sujeita a consequências legais e trabalhistas. Algumas das principais repercussões incluem:

    • Multas estabelecidas conforme a legislação vigente e a gravidade da infração.
    • Os depósitos em atraso estarão sujeitos a correção monetária e juros.
    • O trabalhador prejudicado pode ingressar com uma ação judicial para cobrar os valores devidos.
    • A empresa pode enfrentar restrições no acesso a linhas de crédito, participação em licitações e obtenção de certidões negativas, o que pode afetar sua reputação no mercado.

    Além disso, o não pagamento regular do FGTS é considerado falta grave no cumprimento das obrigações trabalhistas, podendo ser usado como argumento em processos por demissão sem justa causa.

    Para garantir que todos os depósitos estão sendo feitos corretamente, é importante que a empresa veja com frequência a situação do seu CRF (Certidão de Regularidade do FGTS).

    O que você pode fazer?

    Se a empresa não realizar os depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) até o dia 20 de cada mês, você pode adotar as seguintes medidas legais:

    • Comunicação com a empresa: inicialmente, você pode comunicar a empresa sobre o atraso nos depósitos do FGTS e solicitar a regularização da situação.
    • Denúncia ao Ministério Público do Trabalho (MPT): caso a empresa não resolva o problema, você pode denunciar a situação ao Ministério Público do Trabalho, apresentando as evidências do atraso nos depósitos.
    • Procurar o Sindicato: outra opção é buscar orientação e apoio junto ao sindicato da sua categoria profissional.
    • Reclamação trabalhista: também é possível ingressar com uma reclamação trabalhista na Justiça do Trabalho para buscar a regularização dos depósitos, além de pleitear multas, correção monetária e juros referentes aos valores devidos.
    • Ações individuais ou coletivas: dependendo da situação e do número de trabalhadores afetados, é possível ingressar com ações individuais ou coletivas para garantir os direitos de todos.

    É fundamental que o trabalhador reúna documentação que comprove o atraso nos depósitos, como holerites, extratos do FGTS, e qualquer outra evidência relevante.

    Como entrar com uma ação contra a empresa?

    Para entrar com uma ação contra a empresa devido ao não depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ou outras irregularidades trabalhistas, é necessário seguir alguns passos:

    1. Reúna documentos que comprovem a relação de trabalho, como contratos, holerites, extratos do FGTS, e qualquer outra evidência que sustente sua reclamação;
    2. Comunique formalmente a empresa sobre o atraso nos depósitos e tente resolver o problema por meio de negociação ou mediação;
    3. Entre em contato com o sindicato da sua categoria profissional para obter orientação e a possível assistência na resolução do conflito;
    4. Caso as tentativas anteriores não tenham sucesso, registre a sua denúncia no Ministério Público do Trabalho (MPT). Se necessário, ajuíze uma ação;
    5. Consulte um advogado especializado em direito do trabalho para ser orientado sobre os próximos passos.

    Se não houver acordo e for necessário buscar reparação na Justiça, o advogado pode ingressar com uma ação trabalhista na Justiça do Trabalho. O processo pode envolver audiências, perícia, e eventualmente resultar em decisões favoráveis ao trabalhador.

    Quanto tempo demora para sair o resultado de uma ação do FGTS?

    O tempo para sair o resultado de uma ação relacionada ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pode variar dependendo da complexidade do caso, a quantidade de processos na vara ou tribunal, entre outros.

    Algumas etapas do processo judicial podem incluir:

    • Audiências Preliminares: geralmente, ocorrem audiências iniciais para tentativas de conciliação entre as partes. O resultado dessas audiências pode ser imediato ou levar algumas semanas.
    • Perícia Técnica: se houver necessidade de perícia técnica para calcular valores devidos, o processo pode ser prolongado até a conclusão do laudo pericial.
    • Sentença: após todas as etapas do processo, o juiz proferirá a sentença. O tempo para a emissão da sentença pode variar, sendo possível levar alguns meses.
    • Recursos: caso uma das partes recorra da decisão, o tempo para haver um resultado pode ser ainda mais prolongado, dependendo da instância do tribunal e do volume de processos em andamento.

    Portanto, não há um prazo fixo para que o resultado de uma ação do FGTS seja emitido. É importante estar ciente de que o processo judicial pode demandar paciência por ser mais prolongado.

    Qual o prazo para pagamento após uma ação judicial?

    O prazo para o pagamento costuma ser determinado na sentença ou em algum despacho posterior. É comum que a Justiça estabeleça um limite razoável para que a empresa efetue o pagamento dos valores devidos, considerando a situação específica do caso.

    Após a conclusão do processo a empresa será notificada a efetuar o pagamento. Caso o prazo não seja cumprido, o trabalhador ou seu advogado podem tomar medidas legais adicionais, como a execução da sentença, que pode envolver o bloqueio de valores nas contas da empresa.

    Lembre-se de consultar o saldo do FGTS para garantir que os depósitos foram feitos corretamente.

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