Uma das formas mais conhecidas de investimento no Brasil é a poupança. Regulamentada pelo Banco Central e com garantia do governo, essa é uma opção segura e muito buscada.
Neste artigo, vamos explicar como a poupança funciona, desde as regras de rendimento até as vantagens e desvantagens desse tipo de investimento. Seja você ainda é um iniciante nos investimentos, está no lugar certo!.
A poupança é uma aplicação de renda fixa que oferece simplicidade e baixo risco. A remuneração da caderneta é de 0,5% ao mês, equivalente a 6,17% ao ano, mais a variação da Taxa Referencial (TR).
Este tipo de investimento é ideal para quem busca uma opção segura para acumular recursos a médio e longo prazo.
Para começar a investir é só abrir uma conta poupança em uma instituição financeira de sua confiança. Não é necessário ter uma conta-corrente no banco.
A conta poupança não exige um valor mínimo para depósito inicial, sendo acessível a todos os perfis de investidores. Essa é uma decisão que deve ser tomada com base em seus objetivos financeiros.
Apesar de oferecer segurança e facilidade, as características de rendimento e liquidez devem ser consideradas para determinar se atendem às suas necessidades de investimento.
Desde 2012, regras implementadas garantem que o rendimento da poupança seja uniforme, ou seja, o mesmo, independentemente da instituição financeira escolhida.
O rendimento da poupança está diretamente atrelado à taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira. A regra é simples:
Essas condições aplicam-se aos depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012. Os depósitos feitos antes dessa data ainda seguem a regra antiga, rendendo 0,5% ao mês mais a TR.
A Taxa Referencial, conhecida como TR, é uma taxa de juros de referência, ou seja, um indicador geral da economia brasileira. Ela é utilizada na hora de calcular o rendimento de determinadas aplicações financeiras, como a Poupança.
Ela é calculada diariamente e divulgada pelo Banco Central do Brasil. Nos últimos anos tem se mantido próxima de zero. Confira o valor mais recente informado:
Uma das principais vantagens da poupança é a isenção de Imposto de Renda (IR) sobre os rendimentos. Isso significa que você recebe integralmente os juros acumulados, sem qualquer dedução fiscal.
Além disso, a poupança não está sujeita ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o que reforça seu apelo como uma opção de investimento acessível e descomplicada.
A poupança oferece liquidez diária, o que significa que você pode realizar saques a qualquer momento. Mas lembre-se: para ter acesso aos rendimentos daquele mês, é preciso esperar 30 dias após o depósito.
Essa flexibilidade é ideal para quem precisa de acesso imediato ao seu dinheiro, seja para cobrir despesas inesperadas ou para aproveitar oportunidades de investimento que possam surgir.
Uma das principais desvantagens da poupança é seu baixo rendimento, especialmente em períodos de taxa Selic reduzida. Isso significa que, mesmo com algum rendimento, a poupança pode não ser suficiente para superar a inflação.
A inflação é um fator crítico que corrói o poder de compra do dinheiro, e quando os rendimentos de um investimento como a poupança não acompanham a inflação, em alguns anos, a rentabilidade real da poupança pode ser negativa.
Por exemplo, em 2021, a poupança teve um rendimento de apenas 2,94%, enquanto a inflação foi de 10,06%, resultando em uma perda significativa para quem manteve seus recursos nesse tipo de investimento.
Além disso, mesmo em anos em que a rentabilidade da poupança superou a inflação, como em 2015, o investidor corre o risco de não manter o mesmo padrão de vida no futuro devido à erosão do valor real do dinheiro investido.
Ao explorar as alternativas de investimento em relação à poupança, é essencial considerar as opções que podem oferecer rendimentos superiores. Duas dessas opções populares são o Tesouro Direto e os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), incluindo as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs).
O Tesouro Direto é uma plataforma de negociação de títulos públicos emitidos pelo governo federal, que se destaca por ser uma opção muito mais rentável do que a poupança, especialmente nos últimos anos.
Os títulos, como o Tesouro IPCA+, que incluem uma taxa de juros prefixada mais a variação do IPCA, garantem que o seu investimento acompanhe a inflação, assegurando um retorno real.
A segurança oferecida pelo Tesouro Direto é incontestável, visto que os títulos são garantidos pelo governo, que é considerado um dos emissores mais confiáveis do mercado.
Os CDBs são títulos de dívida que você empresta dinheiro ao banco em troca de uma remuneração. Esses títulos são conhecidos pela sua liquidez diária, o que permite resgates a qualquer momento sem perder os rendimentos, diferentemente da poupança que o rendimento é mensal.
Além disso, os CDBs que rendem 90% do CDI ou mais são particularmente atraentes, pois tendem a oferecer rendimentos superiores aos da poupança, mesmo após o desconto do Imposto de Renda.
As LCIs, por outro lado, são semelhantes aos CDBs, mas estão vinculadas ao financiamento do setor imobiliário. Uma das grandes vantagens é a isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas, o que pode aumentar significativamente a rentabilidade líquida em comparação com a poupança.
Ao avaliar onde colocar suas economias, considere essas alternativas à poupança, que não só oferecem maior segurança como também a possibilidade de rendimentos mais atraentes. A escolha entre essas opções dependerá de seus objetivos financeiros pessoais, perfil de risco e necessidade de liquidez dos investimentos.
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